segunda-feira, 2 de julho de 2012

Escravidão mascarada


                A escravidão propriamente dita já foi abolida no mundo, e é considerada uma agressão aos direitos humanos. Hoje, outras formas de exploração do trabalho (formas modernas de escravização) agridem a dignidade humana.
                Em países com industrialização tardia como Índia e China, as condições de trabalho são semelhantes às da Primeira Revolução Industrial: altas jornadas de trabalho, condições insalubres e baixíssimos salários. E o pior é que para a grande maioria dos habitantes dessas nações só há essa opção, e protestos como greves não sensibilizariam os patrões, pois a oferta de mão de obra é abundante.
                As maquiladoras instaladas no México, próximas da fronteira com os Estados Unidos, atuam de forma semelhante. Mas organizações como essas não deveriam ter vez na sociedade globalizada em que vivemos. As relações internacionais tão complexas que presenciamos hoje dão grande importância aos fatores econômicos e militares, mas “esquecem” do mais importante, que são as condições a que é submetido o trabalhador, e que também influem no IDH e no grau de desenvolvimento econômico de um país.
                Os governos tem que se preocupar com a qualidade de vida da população e tem que defendê-la. As grandes empresas também tem que sensibilizar e respeitar a dignidade humana, estabelecendo condições dignas aos funcionários. Para ocorrerem mudanças, estes podem se organizar de forma pacífica, como propôs Mahatma Gandhi, e lutar por seus direitos de forma organizada. A ONU pode mediar negociações, de forma que conflitos internacionais sejam evitados, e todos os seres humanos tenham os seus direitos garantidos, melhorando o poder de aquisição e as condições de vida da população mundial.

                          Rávilla Siva.

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